Com o objetivo de fortalecer a capacidade dos Agentes de Desenvolvimento (AD), em otimizar a gestão de recursos financeiros, tecnológicos e humanos, o Programa Cidade Empreendedora, do Sebrae/SC, realizou nesta semana a Capacitação AD Top,em Chapecó. Oevento buscou preparar os agentes para lidar com as particularidades de cada município e garantir a sustentabilidade dos projetos implementados. Divididos em duas turmas, participaram 25 profissionais do oeste e meio-oeste catarinense.

O curso prático, por meio de dinâmicas, estimulou os agentes a refletirem sobre seu município, abordando temas como influência contextual, autorresponsabilização, inteligências convencionais e positiva, autogestão, biohacking e sustentabilidade pessoal, mudança de hábitos e comportamentos, liderança versátil e humanizada, ética profissional e planejamento de carreira. O que permite não só antecipar dificuldades e caminhos favoráveis, mas principalmente encontrar argumentos que facilitem o envolvimento das equipes e a velocidade dos resultados.

O gerente regional do Sebrae/SC no oeste, Udo Martin Trennepohl, ressaltou o trabalho que o AD exerce nos municípios. “O Agente de Desenvolvimento tem um papel importante no desenvolvimento local e territorial, articulando ações públicas que visam fortalecer o segmento de micro e pequenas empresas. Capacitar esses profissionais é muito importante”, esclareceu.

TEORIA E PRÁTICA

            A facilitadora do AD Top, de Toledo (PR), Eliane Bringmann, destacou que a capacitação é dividida em dois dias, somando 16 horas. “O primeiro encontro centra muito no autodesenvolvimento dos profissionais, ampliando a autoconsciência, o autoconhecimento, para estimular os objetivos e aspirações de autodesenvolvimento. No segundo dia trabalhamos uma ampliação maior, olhando para os resultados locais, territoriais, para que eles possam sair daqui, com uma visão mais sistêmica, e assim contribuir para o desenvolvimento local e territorial”, explicou.  

Eliane comentou a importância da flexibilidade de atitudes mentais. “Como eu flexibilizo a minha mente, a postura e o meu comportamento para conseguir compreender melhor quem está diante de mim? As atividades que desenvolvemos, trazendo esse colorido, propiciam a experimentação e vivência de tudo aquilo que eles vão praticar fora. Trabalhamos um conteúdo bastante denso e amplo, mas de uma forma leve. E um dos objetivos é o estar bem emocionalmente, porque dessa forma se tem um aprendizado maior e retém o conhecimento”.

O facilitador do AD Top, de Cascavel (PR), Rafael Souza Bringmann, informou que o enfoque trabalhado na parte dos stakeholders, foi da necessidade de enxergar parceiros de negócios como pessoas. “É uma relação que precisa ser construída dos dois lados, ambos possuem necessidades. É importante realizar o acompanhamento de maneira consciente no relacionamento com esse parceiro, que pode ser o caminho do sucesso ou resultar em desgaste e perda. A gestão do relacionamento consiste em manter essas conexões próximas e aquecidas para todos os projetos desenvolvidos. A parte vivencial é muito importante, todas as dinâmicas têm um propósito para poder enxergar partes interiores, caixinhas que muitas vezes ficam fechadas, e é importante o trabalho interno para poder trabalhar com o outro. A partir do momento que tenha a possibilidade de entender um pouco mais como você é, isso facilita que possa estabelecer a conexão com a outra pessoa também”, finalizou.