Empresas Cosméticas serão submetidas a novas diretrizes de monitoramento

Nova resolução da Anvisa visa assegurar a identificação e gestão eficaz de possíveis riscos à saúde.

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Por Jorsiley
 O Boticário no shopping Costa Dourada, em Cabo de Santo Agostinho (PE)
O Boticário no shopping Costa Dourada, em Cabo de Santo Agostinho (PE)

Nova resolução da Anvisa visa assegurar a identificação e gestão eficaz de possíveis riscos à saúde.

Uma nova resolução da diretoria colegiada da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) estabeleceu um conjunto atualizado de boas práticas para as empresas que fabricam cosméticos. O principal objetivo é assegurar que potenciais riscos à saúde sejam prontamente identificados e tratados de maneira eficaz.

A implementação dessa regulamentação está prevista para ocorrer em 12 meses. A resolução completa foi publicada no Diário Oficial da União em 28 de agosto e está disponível em formato PDF (205 kB).

No documento, a Anvisa utiliza os termos "cosmetovigilância" e "pós-uso". O primeiro refere-se à vigilância e monitoramento dos produtos cosméticos após sua comercialização, ou seja, quando estão nas mãos dos consumidores.

O termo "pós-uso" se refere ao acompanhamento dos produtos após serem utilizados pelos clientes. Essa vigilância inclui atividades como identificar, notificar, avaliar, investigar, monitorar, comunicar e prevenir reações adversas que possam ocorrer com o uso de cosméticos em condições normais ou razoavelmente previsíveis, conforme explicado pela Anvisa.

Os principais pontos da resolução incluem:

  • Estabelecimento de responsabilidades claras para as empresas de cosméticos;
  • Criação de um sistema robusto de cosmetovigilância, que deve incluir pelo menos seis requisitos mínimos obrigatórios: coleta, avaliação, investigação, notificação de eventos graves;
  • Obrigatoriedade de cada empresa designar um profissional responsável por gerir as atividades de cosmetovigilância;
  • Definição de prazos específicos para notificação à Anvisa de incidentes relacionados à segurança dos produtos;
  • Implantação de medidas preventivas pelas empresas para mitigar os riscos quando forem identificados problemas de segurança nos cosméticos.

Segundo a Anvisa, essa nova resolução visa modernizar a regulamentação do setor de cosméticos no Brasil, alinhando-se às melhores práticas globais adotadas pela indústria.

O setor de cosméticos, higiene pessoal e produtos de beleza no Brasil movimenta cerca de R$ 200 bilhões anualmente, com previsões de crescimento sustentável, de acordo com a AbihPec (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos). Nos primeiros quatro meses deste ano, o Brasil exportou US$ 284,1 milhões em produtos do setor. Globalmente, o mercado de cosméticos gira em torno de US$ 500 bilhões ao ano.

As cinco maiores empresas de cosméticos do mundo são:

  • L’Oréal Paris – valor de mercado: US$ 13,6 bilhões;
  • Gillette – valor de mercado: US$ 7,2 bilhões;
  • Nivea – valor de mercado: US$ 6,2 bilhões;
  • Clinique – valor de mercado: US$ 6 bilhões;
  • Chanel – valor de mercado: US$ 5,8 bilhões.

No Brasil, as maiores empresas do setor são:

  • Natura Cosméticos;
  • Grupo Boticário;
  • L’Oréal Brasil;
  • Reckitt Benckiser Industrial;
  • Procter & Gamble.

Fonte: Agência Brasil

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